25.12.04

A via-sacra percorrida todos os dias, o caminho para a biblioteca. Mais com chuva do que com sol, com as noites que caíam de súbito pouco depois das três horas da tarde em pleno Dezembro, a certa altura contava os passos que iam da estação ferroviária até à porta da biblioteca. Todos os centímetros palmilhados, como se fosse um mapa que conhecia como a palma das minhas mãos. Nos escassos dias em que o sol teimava romper o tecto de nuvens, o verde da relva refulgia e dava uma nota de alegria. Não sei se era saudade do sol mediterrânico, se a relva aqui tem outra tonalidade – mas nesses raros dias soalheiros o verde da relva parecia-me diferente, mais vivo e tonificante.

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